sábado, 28 de novembro de 2009

Diário Humor/Essência PARTE II


Hoje vamos aprender a reconhecer o que eu identifiquei e denominei como: Compulsivo perguntador pseudo-inteligente, traduzindo, ALUNO CHATO.


[PSEUDO = FALSO]


Explicação:


Professor: Vamos seguir trabalhando com o Filo Annelida [o das minhocas!].

ALUNO CHATO: Professora, só uma pergunta? Os anelida são aqueles monóicos?
Professor: Não! Os monóicos são aqueles que produzem óvulo e espermatozóide e fazem autofecundação, geralmente vermes parasita, o que não é o caso das minhocas.

ALUNO CHATO: Mas a senhora TEM CERTEZA?

Professor: Sim, eu tenho certeza.

ALUNO CHATO: Sabe o que é; eu li na Nature que há uma nova interpretação para este termo de ter os dois sexos.

Professor: Sim eu também li, a matéria se refere a HERMAFRODITAS, possuem os órgãos de cópula e eventualmente produzem também espermatozóide e óvulo, portanto NÃO é a mesma coisa que monóico. Leia com mais atenção! [O PROFESSOR GANHOU, COM ÓDIO! MUITO ÓDIO]




No mundo do ensino, não há professor que não tenha, alguma vez na vida se deparado com um ser humano assim.

Para identificar de imediato este indivíduo em uma sala de aula com 40 alunos, preste atenção nos sinais típicos da natureza que você pode usar no sua sala:


  • Na natureza, quando os pássaros voam enlouquecidamente para um lado é porque o perigo esta na direção oposta ao seu voo, o mesmo serve para a sala de aula, quando a maioria dos alunos está de um lado da sala, é porque o CHATO está do outro lado. Foque este lado;

  • Após identificar o local, analise atentamente e selecione os que estão sentados sozinhos, os seres solitários tem alguma motivo para estarem assim, veja as serpentes por exemplo;

  • Use todo seu poder de observação e faça uma varredura do habitat de onde estaria o nosso "bichinho", o nicho que estiver mais cheio não é onde ele vai estar, pois até os solitários interagem em algum momento, mas este só interagirá na hora do bote;

  • Vocalização é importante na identificação dos animais, eles respondem ao som e consequentemente você identifica o que está presente, portanto FAÇA A CHAMADA; aquele som que sair com empolgação e te olhar bem nos olhos, É ELE.

Uma vez que você o identifique, grave aquele rosto, pois ele se fixará em sua mente de maneira irritante e intermitente, assim como a voz, que ecoará sempre em momentos errados, com perguntas estúpidas e sem sentido, mas que serão feitas com vocabulário apurado, floreado e por vezes quase ininteligível. Não se assuste se ele ficar para lhe ajudar com o material, após o sinal bater, ele não faz questão de sair cedo e vai lhe esperar para o BOTE.


A hora em que todos saem e ele quer falar sobre o Grande Colisor de Hádrons com você, não interessa se você for professor de História ou Geografia, obrigatoriamente o indivíduo em questão lhe perguntará sobre tudo que não for de sua área para analisar o quão paciente e atualizado você é, e se não for meu caro, prepare-se!


Não há nada mais irritante do que ouvir metafísica quando se está com fome.


Nem algo mais angustiante que ouvir perguntas tão imbecis que você realmente pensa se aquela criatura está fazendo a pergunta pra valer ou para testar seus nervos.


É perfeitamente justificável que faltem alguns parafusos na cabeça do "bichinho" ou que ele tenha um ego que não condiz com a realidade.


Também é perfeitamente compreensível que você tenha pensamentos maus, muito maus, embora não vá colocar nada em prática, não se sinta culpado em ter desejos estranhos que incluam foices e muito sangue.



=) just have fun


terça-feira, 10 de novembro de 2009

Eeeeeeeeeeee macarena aaai!


Absolutamente atolada de trabalho acadêmicos e do magistério e sem nenhuma vontade de fazer qualquer um dos dois, eu mergulhei no fabuloso mundo do YOUTUBE.

Aaaaaaaaaaaaaaaaaah os vídeos, nada como a "foto em movimento" e então, eu fui buscar aquilo que a muito tempo eu não via: Coisas da minha infância feliz =)

Entre as tantas coisas que vieram de imediato em minha mente quando remexi na caixinha que estava cuidadosamente guardada e etiquetada no meu cérebro com a frase; Saudosismo e mico,

me foi glorioso relembrar o meu fanatismo pela Lambada, que me rendeu um pé engessado e evidentemente um mico imediatamente anterior a esta que seria a minha primeira de tantas luxações, porém foi bom lembrar que fiz isso em nome de agradar minha avó que me achava uma ótima bailarina, mesmo pesando uns 10 kg acima do permitido para uma sapatilha para andar na ponta dos dedos. Ela gostou, eu engessei a perna e o pé nunca voltou a ser o mesmo, claro que ela nunca esqueceu disso e me fez o grande favor de relembrar o fato sempre que estávamos em público ¬¬.




Eu nunca ri tanto quando encontrei Carrapicho, nãããão, não é a planta, é o grupo mesmo; quem não lembra de "bate forte o tambooooor/eu quero é tic tic tic tic taaaaac"?

Eu já paguei muito mico nesta vida, mas ainda hoje fico vermelha cintilante lembrando da criança de péssimo gosto musical que um dia fui e que além de ouvir isso repetidas vezes dançava na frente de casa sem a menor cerimônia, cometendo o que hoje sei ser um suicídio social.




Não existe nada que se fixe mais na mente das pessoas quando a Macarena, até hoje toca nas festas e essa eu admito, ainda dançaria :).


Mas então, como se não bastasse lembrar do brega eu lembrei das fases mais leves, "Embarque neste carrossel, blá blá blá...". Eu sempre odiei o Cirilo, ele foi o precursor do Golpe do Baú televisivo. [Créditos ao meu amigo Evandro que me mandou essa!]




Também passeando sem muitas intenções eu encontrei ele, o monstro que foi meu companheiro na foto mais horrenda da minha infância, o Fofão! Aaaaaaaaaaaaaaaaaaah vocês tem que ver isso: http://www.youtube.com/watch?v=tc2jF8K44LY


Espero que relembrem comigo algumas coisas super antigas e que faziam a TV algo mágico, quando não se tem consciência do que está assistindo.


Mais um para mostrar como um grupo pode dançar mal: http://www.youtube.com/watch?v=XubVpeq4E20.


quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Melhorando o vocabulário.

Aprendi novas palavras, sempre gostei de preencher meu vocabulário, o que não quer dizer que seja com palavras realmente úteis ou que mudarão minha vida, mas enfim...
Como hoje não é domingo e não é chuvoso [hahaha eu não pude perder essa, não importa que não entendam!] eu resolvi deixar a nostalgia de lado e trazer algo de útil para quem pensa em viajar para lugares como: Ilha da Páscoa ou Nicarágua [claro que falando o dialeto :)].
Vamos lá, copiem e coloquem no dia a dia, ninguém vai entender nada mas isso não importa, leve em conta que você vai se divertir.

PUCCEKULI: Dente que nasce após os 80 anos. LOCAL: Índia. DIALETO/IDIOMA: Tégulo.
Aplicação em uma frase: O puccekuli da vovó caiu na pia mãããe!

PASKI: Castigar uma criança obrigando-a a se sentar e depois se levantar segurando as orelhas com os braços cruzados (que bárbaro isso, ui!). LOCAL: Índia DIALETO/IDIOMA: Tégulo.
Aplicação em uma frase: Não obrigue a profe a te passar um paski hein?!

MAMIHLAPINATAPEI: Olhar de desejo mútuo em que ambas as partes sabem o que querem mas não dão o primeiro passo. LOCAL: Chile. DIALETO/IDIOMA: Fueguino.
Aplicação em uma frase: .....apliquem vocês, eu prefiro não comentar essa.

LINTI: Vida mansa que passa o dia todo embaixo de uma árvore, sem fazer nada. LOCAL: Pérsia. DIALETO/IDIOMA: desconhecido.
Aplicação em uma frase: Aquela linti [lembre-se de lêndia!] da minha colega de trabalho está doente. Vamos comemorar.

TINGO: Pedir emprestado as coisas de uma amigo até o coitado ficar sem nada. LOCAL: Ilha da Páscoa. DIALETO/IDIOMA: Rapanui.
Aplicação em uma frase:Ela me tingo tudo e agora no tingo nada. [Foi impossível evitar o trocadilho, perdão, sei que foi péssimo mas eu ri muito]

EGKONIOMAI: Jogar areia sobre si mesmo. [A não ser os elefantes, que abostado faria isso?]. LOCAL: Grécia. DIALETO/IDIOMA: Grego Antigo.
Aplicação em uma frase: Ele egkoniomai quando soube que levou umas guampas.

NEKO-NEKO: Alguém que tem uma idéia criativa que só piora tudo. LOCAL: Indonésia. DIALETO/IDIOMA: Indonésio.
Aplicação em uma frase: Adriane Ribeiro.

KORO: Medo histérico de que o próprio pênis esteja encolhendo para dentro do corpo. LOCAL: Japão. DIALETO/IDIOMA: Japonês.
Aplicação em uma frase: nham...nem sei como aplicar isso.

NAKHUR: Camela que não dá leite enquanto não fazem cócegas em suas narinas. LOCAL: Pérsia. DIALETO/IDIOMA: Persa.
Aplicação em uma frase: vamos dar uma "abrasileirada"...Se não me nakhur ($$$), nada feito sacou meu chapa!

DARABA: A parte líquida do excremento da galinha. LOCAL: Ulwa. DIALETO/IDIOMA: Nigaraguense.
Aplicação em uma frase: O daraba da cocó estava bem ali onde você sentou.

VOMITARIUM: A sala onde o convidado vomita para esvazia o estômago e voltar a encher a pança. LOCAL: remotos tempo em que se usava o latim.
Aplicação em uma frase: Por favor, você poderia me informar onde fica o vomitarium?! Estou apertado!

NEDOVTIPA: Alguém que não entende uma indireta. LOCAL: República Tcheca. DIALETO/IDIOMA: Tcheco.
Aplicação em uma frase: Estou tentando, mas esse nedovtipa não vê que estou apontando pro zíper aberto dele e não que eu queira algo com ele.

OLFRYGT: Medo de faltar cerveja. [AMEI!]. LOCAL: Dinamarca. DIALETO/IDIOMA: Dinamarquês antigo, vikings \o/.
Aplicação em uma frase: Ele está olfrygt para amanhã a noite, vamos orar e pedir as Deuses que isto nunca aconteça. Amém.

BACKPFEIFENGESICHT: Cara que merece um soco. LOCAL: Alemanha (Por que isso não me surpreende?). DIALETO/IDIOMA: Alemão.
Aplicação em uma frase: ...são tantos backpfeifengesicht que fica difícil escolher um só.

'AKAPU'AKI'AKI: Arrotar sem parar. LOCAL: Polinésia. DIALETO/IDIOMA: Maori.
Aplicação em uma frase: Leve-o para o hospital, ele está 'akapu'aki'aki faz horas, estou com nojo!


Se você gostou, tem muito mais em "Tingo: O irresistível almanaque das palavras que a gente não tem, de Adam Jacot de Boinod" ou na revista: Mundo Estranho. Agosto/2009.

=D

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Diário do humor/essência



Eu resolvi fazer um diário, lógico que ao estilo Adriane de ser; tentando desvendar os mistérios que existem sob os mais diversos tipos de humor/essências que somos obrigados a enfrentar no trabalho, casa e em nós mesmos.


É idiota eu sei, mas pode ser uma fonte interessante de informações que fundamentem, expliquem, elucidem o por quê de encontrarmos tantos rinocerontes [são os mais ferozes do reino animal sabiam?] no nosso dia-a-dia.


Eu começo com uma "homenagem" a uma pessoa "X" que trabalha comigo.


Eu acho impressionante a capacidade que eu tenho de atrair sempre o que obviamente NÃO PRESTA. E é claro que esse destinosinho sacana e irônico não ia me livrar de uma grande bucha.


O denominado "Colega mala" [no popular].


Aquele que quando te vê, gruda em você, não de uma maneira racional [se é que existe racionalidade em grudar em outra pessoa]; é algo mais como um carrapato enrraivecido que quer te sugar tudo, até o tutano.


Esse é o EUFÓRICO COMPULSIVO RECLAMADOR. A nível científico claro.


É aquele que você reza pra que um trem passe 3 vezes bem na cabeça, mas que gentilmente cumprimenta e some do mapa.


Esse indivíduo insensível, irracional, faz com que tudo pareça estar prestes a desabar quando ele desenrola as conversas mais mirabolantes para você, sem lhe dar chance de réplica porque geralmente é um monólogo.


Eu poderia demonstrar assim:


Mala: Oi! Tudo Bem? Como passou o final de semana? Aaaaaah o meu foi um horror, passei com dor de ouvido, fui no pronto socorro, fui mal atendido, voltei pra casa e quando vi acabou o final de semana. Mas enfim, que saco ter que trabalhar né...blá, blá, blá...


Você: Errrr..bem...até mais. [sumir sumir sumiiiiir]


Pois bem, eu tenho esse carma e é impressionante a capacidade que eu desenvolvi de desligar a parte do meu cérebro que tem compulsão em MATAR, ESQUARTEJAR, SANGUE!!
Este tipo de indivíduo geralmente se caracteriza por, ser solteiro e/ou divorciado; mão de vaca [quando você fala em dinheiro ele diz ou que não recebeu ou que vai trazer amanhã, ambos são mentira]; enrrolão; tem aquela voz irritante [não sei se é porque é a voz realmente irritante ou você que não aguenta mais], feio [não é uma variável], impressionantemente ágeis quando precisam de uma carona sua e ainda querem que deixe na porta de casa o que te desvia umas 40 quadras do seu caminho normal; ele não tem noção de quanto pode ser irritante e acredita que você não tem capacidade cognitiva de compreender o que ele fala uma vez, portanto ele repete umas 4 ou 5 vezes dependendo da cara que você faz e do tempo que leva para responder e tentar cortar o assunto; é uma vítima do universo, portando NUNCA, JAMAIS pergunte a ele sobre sua saúde ou como passou o final de semana; nada que te aconteça é forte o suficiente para ser pior do que a vida dele que é triste, cansativa, estressante e sempre falta dinheiro e finalmente, o mais importante, ele sempre é parecido com algum personagem que marcou usa infância, seja ele bom ou ruim.


No meu caso, TOPOGIGIO. A diferença é que tem cabelo chanel. E eu juro que é a única diferença.





terça-feira, 18 de agosto de 2009

Velhice casa!

Rá...estou feliz, muito feliz, hoje recebi uma notícia alegre e engraçada, uma boa chance de ser tão agradável de escrever quanto ler.
A velhice casa, afinal de contas?
Eu me perguntei quando uma amiga noticiou: "Saí para escolher as alianças, VOU CASAR, já comprei o fogão."
Quando iniciamos a faculdade o discurso dela era: "Eu NUNCA vou casar. " [se estás lendo tu sabes quem que é verdade minha cara amiga =)]
Impressionante como a juventude nos afasta de qualquer possibilidade mesmo que muito remota de compromisso; juntar o cocô do cachorro que insistimos em ganhar e prometemos cuidar se torna uma tarefa extremamente comprometedora a qual sempre damos um jeito de evitar; fazer todo dever de casa é chato demais então tentamos fazer na aula pra não levar trabalho pra casa [uuuh eu fiz muito isso!]; tomar conta do irmão mais novo é um castigo pior que ajoelhar no milho, fora que as chances de esquecê-lo em algum canto inimaginável e inóspito da casa torna-se muito provável.
Mas, com a velhice, as coisas se invertem consideravelmente; sair catando o cocô do cachorro é uma tarefa tão vil que se faz automaticamente ao levantar; trazer trabalho para casa é quase uma obrigação e ficar até madrugada fazendo isso também; cuidar de irmão, cacete adultos tem seus próprios filhos e ainda cuidam dos irmãos, pais e o que estiver por vir, e se não os tiverem criam mais cães!
Vejam a evidência chave de velhice CASAR + DESEJO INSANO DE TER FILHOS.
É o inegável sinal da natureza acendendo o alerta vermelho, você nasceu, cresceu e agora REPRODUZA-SE!
Aprendemos isso na 5ª série do Ensino Fundamental, é quase uma lavagem cerebral, somos seres indefesos, aprendendo a repetir isso, até que um dia, BUUUUM, se torna real.
Eu me sinto, hoje, ludibriada por essa historinha das aulas de ciências. Vocês não?! Parece tão fácil! Mas definitivamente não é.
Mas tudo bem, eu não vou ser a pessimista da história, afinal, não é a minha história e sim da minha amiga.
Ela vai casar! Caramba, e eu sou madrinha [é eu sei que isso soa estranho visto a minha falta de sensibilidade] e isso de fato me deixou MUITO FELIZ porque ao menos alguém está seguindo o ciclo supostamente natural das coisas, porém isso indica que também estou envelhecendo e não estou cumprindo com o ciclo. Eu duvido muito que a minha falta de consideração com essa regrinha da natureza influencie no equilíbrio da vida visto a quantia absurda de gente neste mundo, mas ou eu estou aqui pra simplesmente analisar tudo friamente, o que biologicamente não tem utilidade alguma; ou a minha hora vai chegar [isso me soa ameaçador!].
Eu, MADRINHA também me deixou feliz, uma responsabilidade de testemunhar dois seres unirem-se por livre e espontânea vontade para viverem, acordarem, comerem, assistir TV, enfrentar TPM, tudo JUNTO; é um ato de extrema coragem e eu não perderei isso por nada.
Agora, obviamente que, EU vou planejar a despedida de solteira dela.
Mas isso é assunto para outra postagem =)
Amiga querida, brincadeira a parte, sabes que estou extremamente feliz por vocês, não só por ter acompanhado tudo desde o início, mas porque torço por aqueles os quais acredito merecerem realmente a felicidade que exista em uma união repleta de amor [para sentimentais rsrsrs...]. Beijos.

sexta-feira, 31 de julho de 2009

"...máscaras de oxigênio cairão? Pra quê?"


É isso aí... Minha grande estréia no mundo aéreo. Não que eu não visite com frequência o mundo aéreo, mas só o da minha imaginação, fisicamente será a minha "primeira vez", e como diz o ditado: "A primeira vez a gente nunca esqueçe [isso é um ditado?]". By the way, estou pateticamente borrada de medo, para não falar outras coisas. Eu amo viajar, acho lindo, magnífico o fato de conhecer outro lugar e interagir de forma tão intensa que jamais se volta a ser o mesmo depois de uma troca física de emoções, cultura, cores, sotaques. Ficou bonito isso né? O problema é o meio de transporte até o momento mágico. A essência da minha vida é achar os pontos sacanas de cada coisa a que somos forçados enfrentar. O ônibus, com aquele banheiro compacto e ponto de cultivo gigante de bactérias das mais indeterminadas espécies. E o avião, há Dumont, Dumont, voar. Que lindo, aquele mega, super, hiper, ultra "pássaro" gigante atravessando os céus, cortando as nuvens com a graça de uma tesoura na mão de uma criança completamente descoordenada.
Quando criança eu aprendi a fazer aviões de papel e acredite, a lei implacável da gravidade SEMPRE me mostrou que pelas minhas mãos, se dependesse dela, NADA voaria.

Com o tempo, eu me apeguei a terra como uma mandioca, cada vez mais na terra!!!
E então o implacável mundo dos estudos me apronta essa, voe até Minas Gerais. Interessante como, após uma semana de passagens compradas eu comecei a assistir no mínimo 3 vezes na semana reportagens relembrando as maiores tragédias da aviação mundial, e eu realmente comecei a me frustrar e perguntar "Por quê cargas d'água eu não optei pelo ônibus?". É a agilidade realmente foi o fator predominante na escolha do meio de transporte, afinal, ônibus, de Uruguaiana até Lavras, eu teria que descer numa cadeira de rodas, esqueceria como usar as pernas. Então, voar é a minha missão de domingo, quer dizer, não vou voar literalmente afinal minha aerodinamina está mais para um hipopótomo que para uma ave elegante, mas enfim, o avião voará e com muita sorte, eu, dentro dele, conseguirei manter a sanidade e não liberar toda bacudisse que existe dentro de mim, a essência gaúcha que insiste em se manifestar nos momentos críticos e completamente insanos da vida. Afinal, VOAR?
Cacete, qualquer um com um pouco de discernimento sabe que isso é um desafio físico e psiquico! Mas tudo bem, eu consigo me ver: "adri. 1,57 cm de altura, ?kg, rumo ao portão de embarque e aquele gigante lá, me esperando, os pés viram pra trás e o cérebro força-os a andar rumo a grande máquina de todos os tempos \o/." Ah será patético, seria digno de uma comédia, podem rir... É, eu sei, uma grande fiasco, afinal é o meio de transporte mais seguro [dizem!], mas o fato é que agora, apenas algumas horas antes do meu passeio aéreo eu estou mais calma, ou resignada seria a palavra correta.
Eu pensei em inúmeras tragédias cotidianas que poderiam me acontecer e a minha mãe não colaborou muito com minha auto estima, me alertando para fatos como:
"Tu esquece tudo, não vai deixar a bolsa no banheiro de aeroporto!"
"Não aceita ajuda de NINGUÉM! Seja antipática! Aeroportos tem a maior concentração de maníacos, marginais, espertalhões [ela me chamou de abostada né?]"

Eu pensei:

"Extraviu de bagabem! [affe!]"
"Tropeçar ao entrar no avião. [típico de mim!]"
"Rir em momentos inadequados, como "máscaras de oxigênio cairão". [por quê? vocês tem tanta certeza de queda?]"
"Dor de barriga. [pateticamente EU]"
"Perder-se no aeroporto! [Com certeza sou eu!]"
"Distrair-se com a revista e esquecer de olhar a tabela do voo! [Se isso acontecer vou interpretar como um sinal do céu!]"
Mas enfim, vamos ver no que dá! Desejem-me sorte, calma, saúde mental e física e quem sabe eu trago um presentinho pra quem comentar aqui!
Beijos a todos!

FUI!

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Be a Lion

Eu nunca gostei de Michael Jackson, pra não dizer NUNCA eu adorava vê-lo dançar nos idos de 1.99blábláblá...
O fato é que, como quase tudo na vida, hoje eu resolvi procurar alguma música dele e entender porque tanta homenagem e chororo, foi então que encontrei "Be a lion" e em um dos tantos trechos interessantes o que mais me chamou a atenção foi, obviamente, aquele que mais me esbofeteia a cara mostrando o quanto eu deveria ter sido um leão, ao meu modo, mas um leão e não um veadinho covarde fugindo inutilmente de um predador sutil, perigoso e muito mais habilidoso que eu [o que não é tão difícil].
Vejamos então:

"E de um céu de veludo,
Uma tempestade de verão;
Você pode sentir a frieza no ar
Mas você ainda está aquecida,
E então um rugido poderoso
O céu vai começar a chorar;
Mas nem mesmo um relâmpago
Vai ser assustador para o meu leão."

Eu nunca fui o leão que deveria ter sido.

P.S.: Renato Pablo fica com Patrício Camilo, Joaquina Antônia vira dançarina de baile funk e madrinha do poddle adotivo da casal. Fim.

sábado, 20 de junho de 2009

México - A terra do amor - Capítulo 7

Então é isso gente querida da minha vidinha, a novela está chegando ao fim assim como minha imaginação..aproveitem as últimas emoções desta saga [estou pensando em vendê-la para o Casseta e Planeta dramatizar, o que acham?!]

México - A terra do Amor

Capítulo 7 [Chegando ao fim!]

Patrício Camilo quer se vingar mas não sabe como [na verdade EU não consegui imaginar algo suficientemente imbecil para ele fazer!], então ele acha que o remorso é o melhor caminho e tenta se matar tomando o perfume que ele comprou para Renato Pablo, mas só o que consegue é uam grande dor de barriga e algumas alucinações.
Enquanto isso Renato Pablo e Joaquina Antônia comemoram o reencontro tomando um refresco de groselha que parece limão mas tem gosto de tamarindo.

Joaquina: Renato Pablo, meu grande amor, nem acredito que encontrei você.
Renato Pablo: Eu tive sorte de encontra você aquele dia em que você, hum..veja bem...você sabe; ... gostou do suco?

O papo vai o papo vem, os pombinhos não notam a hora passar e nem o inimigo a espreita. Recuperado da tentativa frustrada de suicídio Patrício Camilo está observando o casal, fazendo aquelas caretas de "eles vão me pagar me coraçãozinho dói ", esperando para terminar com a alegria de nossos pombinhos.

Patrício Camilo irá conseguir desta vez?
O que ele estaria tramando contra nossos lindos apaixonados?

sexta-feira, 12 de junho de 2009

México - A terra do amor - Capítulo 5 e 6

Então vamos lá, depois de um bom tempo sem aparecer por aqui, eu voltei...e a novela também.
Estou sem muita paciência para escrever sobre textos inteligentes [não que a minha novela não seja uma obra-prima que suga muito de minha capacidade brega-criativa], textos críticos, políticos, ambientalistas ou coisa do tipo.
Mas, mais do que escrever minha opinião sobre qualquer coisa que EU considero importante eu gosto e prefiro escrever e postar coisas que divirtam ou ao menos deixem por um minuto que seja, quem lê, livre de qualquer outro pensamento que não seja "a Adriane não é bem certa. FATO.".
Então...leiam e divirtam-se a novela está acabando.
Beijos.

Capítulo 5:

México - A terra do amor:

Na fábrica Renato Pablo segue sem entender atitudes estranhas do amigo desde a conversa que tiveram sobre Quina.
Renato Pablo: O que você teima em esconder de mim?Desde que lhe contei sobre a bela da sarjeta você mudou?
Patrício Camilo:É que, é que, oras muchacho deixe de bobagem e venha cá que lhe trouxe seu doce preferido, estava passando por uma padaria e lembrei de você.
Renato Pablo: Obrigado, mas não consigo comer doces sem pensar nela, na sarjeta ela tinha essa cor de chocolate.
Patrício Camilo pensa:Como farei p/ desviar a atenção dele e fazê-lo esquecer esta mujer?
Mas é tarde demais, lá vem ela, c/ seu vestido curto, pernas de barbie, boca aumentada pelo batom laranja ESTOU AQUI OLHEM PARA MIM, olhos grandes e pintados combinando c/ a roupa azul piscina suja.Os olhares d Quina e Renato Pablo se cruzam e longos segundos se passam com alguma música de fundo.Mas Patrício vai atrapalhar. Como?

Capítulo 6:

México - A terra do amor:

Patrício Camilo ataca Joaquina e diz: Fique longe dele (Renato Pabrlo), ele é M.E.U.!

(PARADA PARA CHOQUE DO ELENCO E DOS LEITORES...[ALGUMAS CERÂMICAS TRINCAM])

Patrício Camilo: Eu o amo e você, rá, você não vai tirar ele de mim.

(parada para a quebra da mãozinha que evidencia a viadagem)

Joaquina: Ele me quer e nada do que você diga me fará desistir dele, Renato Pablo é meu salvador, meu amor eterno. [Isso foi brega!]

Neste momento renato Pabrlo, que estava fora de ação ouvindo a declaração super bicha de Patrício Camilo, irrompe no local e abraça Joaquina com força, segura seu rosto lindo com suas mãos fortes e aquela cara de "sou galã, me beije" e diz:

Renato Pablo: Não paro de pensar em você yn segundo desde que a encontrei.
Joaquina: Desde que saí do como é só você que procuro.

(PARADA PARA BEIJO ESTARRECEDOR) [SU, AGORA VEM A VOZ DO NARRADOR, AQUELA BEM SENSUAL!]

De maneira prodigiosa Renato Pablo não se mancha com aquele batom super berrante. Patrício Camilo sai correndo aos prantos prometendo vingança.

O que ele irá fazer?


domingo, 24 de maio de 2009

México - A terra do amor - Capítulo 4

NUNCA confie plenamente em ninguém Renato Pablo, a vida ensina e aprende quem quer. Ninguém é digno de total confiança....

Huahauhauhauhauhauhua......

Divirtam-se!

Capítulo 4

México - A terra do amor

Patrício Camilo, o amigo bonitão e parrudão com cabelos cheios de gel, de Renato Pablo choca-se com a descrição da moça, mas cala-se omitindo a informação que será imprescindível a Renato Pablo.
Enquanto isso no hospital, Joaquina Antônia, agora consciente, começa a lembra-se dos fatos e pergunta a todos pelo rapaz com fuligem no rosto. Mas ninguém lembra dele.
Quina [não é o jogo, é o apelido de Joaquina Antônia] recebe os pais e após muita dsicussão ela admite q passou a noite em uma rave daquelas, mas ignora ter usado qualquerr tipo de entorpecentes, visto que ela não lembra nem da sargeta [¬¬], ela é levada para casa, mas não consegue esquecer aquele rosto lindo e sujinho. Enquanto isso, na fábrica, Renato Pablo segue empacotando cerâmicas e notando o comportamento estranho de Patrício Camilo. Intimamente Patrício Camilo diz a si mesmo:"Se ele souber a verdade, minhas chances serão ainda menores, ele jamais poderá saber sobre ela!".
Por quê?


quinta-feira, 21 de maio de 2009

México - A terra do amor - Capítulo 3

Perseguindo seu sonho Renato Pablo suspira pelo encontro com sua amada, que nem sabe que ele existe pelo seu estado crítico de inconsciência...
Então vamos a mais um capítulo.


Capítulo 3

México - A terra do amor

A ambulância atrasa, enquanto isso Renato Pablo, em pânico, tenta inutilmente acordar a desacordada mulher que está prestes a aspirar pequenas particulas flutuantes na sargeta.
Após 20 longos minutos onde acontecem várias coisas paralelamente aos aflitos momentos de Renato Pablo como; algumas pessoas recém vão dormir, outras estão almoçando, um despropósito de horários; chega a bendita ambulância para levar Joaquina.
Renato Pablo é impedido de entrar no hospital, pois seu rosto com fuligem e suas roupas estilo Chaves o denunciam como pobre.
Antes de ver pela última vez a moça, ela abre os olhos e olha para ele, mas logo desmaia novamente [eu suspeito que tenha sido uma grande noitada mas...].
Nosso mocinho vai para a fábrica, chega atrasado, vestindo o jaleco de trabalho e começa a empacotar cerâmicas enquanto um amigo chega para lhe perguntar o motivo do atraso.
Ao descrever o acontecido e a moça o amigo fica chocado!

Por quê?
O que ele sabe?


sábado, 16 de maio de 2009

México - A terra do amor - Capítulo 2

Aaaaah o amor.
Renato Pablo, nosso sonhador pobrinho.
Vamos a mais um capítulo da saga deste herói brega em busca de sua amada.

Capítulo 2:

México - A terra do amor:


Está amanhecendo em Sofrimiento, cidade de Renato Pablo; e ele está em pé, arrumando-se para trabalhar na fábrica de cerâmicas da família mais rica e cheia de problemas da cidade, a família Ricassus.
Mas este não é um dia comum, mal sabe Renato Pablo que este dia mudará sua vida, seus sonhos tornar-se-ão realidade e ele irá encontrar a amada de seus sonhos.
Então ele sai de casa, após tomar seu café da manhã cuidadosamente preparado por sua idosa e resistente mãe que está sempre doente mas não aparenta e o inesperado acontece: aos trapos na sargeta está ela, adormecida [ou trêbada?], com a roupa aos farrapos, a mulher de seus sonhos tão bela e rica, está ali inerte.
Renato Pablo entra em pânico, atira-se sobre a mulher inerte e quase a mata de verdade, a sacode, chacoalha, puxa-lhe os cabelos, tapa na cara e nada.
Então ele chama uma ambulância e leva o que será o seu grande amor para o hospital.

O que irá acontecer?

quinta-feira, 14 de maio de 2009

Arriiiiba!

Devido a um déficit de criatividade pelo qual estou passando [...tempos difícieis estão por vir, já diria Alvo Dumbledore], eu resolvi, finalmente, compartilhar com o resto do mundo, meu lado brega.
É, eu sei, pode ser chocante para algumas pessoas, mas é um fato, todos temos nosso lado brega e o meu fala espanhol e faz dublagem mal sincronizada.
Estou me referindo a NOVELAS MEXICANAS, não que eu assista, mas na minha infância e adolescencia, marcada por preciosidades como "Carrossel", "Chiquititas", "Chaves & Chapolin", A Usurpadora, "Todas as Marias da Thalia" e por aí vai, eu e todos nós inevitavelmente acabamos embriagados de histórias desconexas mas muitas vezes viciantes.
Então, como uma exteriorização desse meu lado "sim, sou brega as vezes, pq?", eu resolvi escrever a minha própria novela mexicana.
Eu duvido muito que a TELEVISA venha até a minha pessoa, implorar por esta história emocionante, mas quem sabe eu dê a chance para o SBT reproduzi-la, afinal, depois de ler o primeiro capítulo será impossível parar.
Divirtam-se então com: MÉXICO, A TERRA DO AMOR [agora da gripe suína, mas deixemos só do amor para ter um efeito mais positivo].

Capítulo 1:


Mexico - A terra do amor

Renato Pablo é um jovem humilde, trabalhador, que fica 90% do tempo com a cara suja de fuligem sendo que ele nem trabalha com carvão e usa botas parecidas com as do Chaves.
Ele mora numa vila e foi criado por idosos que são idosos a 20 anos e que permanecem com a mesma aparência.Renato Pablo, conhecido pelos íntimos da vila como Renato Pablo mesmo, é um jovem muito sonhador e em um de seus devaneios [leia-se viagem pós alguma droga específica de novela mexicana onde se enxerga tudo em meio a nuvens] ele vê no horizonte uma moça, muito bonita, rica [o íntimo dele quer dar o golpe do baú] e solitária.Ele sonha em encontrar esta moça de seus "sonhos".
Quem será ela? 
Irá, Renato Pablo encontrar seu amor de sonhos? 
Será este amor possível?

Aguarde próximos capítulos....

domingo, 26 de abril de 2009

O que o Alzheymer me ensinou?


Foi o que me perguntei dia 24 de abril.

Eu tenho 22 anos e aprendi metade das coisas que realmente valem a pena em pouquíssimo tempo, mas a maioria delas em 3 meses entre novembro de 2008 e janeiro de 2009 e antes disso na minha infância.

Quando criança eu aprendi que tocar no fogão poderia ser perigoso, e quando adulta comprovei isso nas inúmeras vezes que me queimei. Também aprendi que abrir a porta para estranhos ou mesmo conversar com eles não era bom, quando adulta comprovei isso nas vezes em que eu deveria ter ignorado desconhecidos para que não se tornassem conhecidos demais a ponto de me causar dor. Também fui ensinada a respeitar mais velhos, hoje eu como mais velha não sou respeitada por muitos dos alunos que tenho. Tentaram me ensinar a não mentir, mas isso é deveras difícil de aprender. Me disseram para não maltratar meus bichos de estimação, hoje eu cuido tão bem deles que não aceito perdê-los. Mas na minha infância, ninguém me disse que quando eu tivesse 9 anos de idade aprenderia a dar banho numa pessoa idosa e que esta pessoa me ensinaria anos depois as coisas mais importantes que alguém possa aprender.

Com 9 anos eu aprendi a dar banho em uma pessoa adulta e isso se tornou rotina em minha vida até os 22. Com 9 anos eu aprendi que havia um "mais velho" que não era capaz de me proteger e precisava da minha proteção. Também com 9 anos eu aprendi que não tinha uma avó como a do Sítio do Pica-pau Amarelo, mas que deveria amá-la e respeitá-la como se fosse.

Com 18 anos eu além de saber dar banho em um adulto, lidar com uma pessoa com limitações mentais, aprendi a perder alguém. Não foi tão difícil e então conclui que depende mais do quanto você ama a pessoa do que perdê-la de fato.

Aos 20 eu aprendi que o hospital pode ser uma grande fonte de conhecimento, além de um teste de resistência e mais uma vez perdi alguém.

Também aos 20 eu finalmente aprendi como é perder alguém amado e ver que a violência tinha chegado às portas da minha família, então desde lá eu havia aprendido a conviver com o medo sufocante de perder sempre.

Com 22 anos eu também aprendi que não se ama só pessoas do seu sangue, mas também aquelas que fizeram parte importante em nossas vidas, e que se minha avó não parecia com a Dona Benta, outras poderiam parecer e estavam dispostas a ser isso para mim e que estas pessoas também partem e como ironia do destino, lhe escolhem para compartilhar este momento e aí eu aprendi a ver alguém morrer, nos meus braços.
E então, também com 22 anos eu aprendi o que se chama Alzheymer, e não aquilo que procuramos na internet aprendi o que é conviver com alguém que o tem.
Por mais que você tente entender que ele é uma doença, de imediato seu cérebro lhe envia uma palavra como letreiro luminoso piscando em sua cabeça: MALDIÇÃO.

Durante 3 meses o Alzheymer me cuspiu, fez carinho, arranhou, sorriu, gritou madrugadas a fio, dormiu como um bebê, me xingou, me elogiou, jogou fora a comida que eu havia feito e raspou o prato além de pedir mais. Ele também me ignorou e chamou por mim quando estava com medo do escuro, pediu para eu sair porque não queria ver meu rosto e pediu que eu segurasse na mão pra poder dormir. Me odiou e amou, exteriorizando em palavras isso tudo.

Em 3 meses a minha avó me ensinou que não importa o quão cansado você esteja, sempre conseguirá levantar da cama quando alguém que você ama está chamando e eu entendi o porque da minha mãe levantar quando eu chamo porque estou com dor ou simplesmente com medo.

Dia 24 de abril ela me ensinou a última coisa poderia, me ensinou a perdê-la.

Continua.....

P.S.: Ao meu amigo João FPR, um aniversário com todas aquelas coisas que desejamos e um pouco mais. Obrigada por tudo. Beijos.


P.S.²: Aos meus amigos, que sabem o verdadeiro teor desta postagem, obrigada.

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Lutando com Palitinhos

O sushi tradicionalmente é feito com arroz temperado com molho de vinagre, açúcar e sal, ao qual é combinado com algum tipo de peixe ou frutos do mar, ou ainda vegetais, frutas ou até mesmo ovo. A tradição japonesa é de servi-lo acompanhado de wasabi e shoyu (molho de soja).
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Sushi

Eu SEMPRE quis comer sushi e duvido que alguém não tenha ao menos curiosidade de provar. Veja bem, bolotinhas coloridas, de vários sabores, cores e cheiros e uma coisa em comum, PEIXE CRU, atrativo; não?
Eu adoro peixe, mas cru não é exatamente o que eu chamaria de uma necessidade física de comer, mas a curiosidade me acompanha em determinados assuntos e culinária é um destes. Entretanto no local onde resido, o conceito de sushi se comparado aos pratos típicos é quase uma afronta a tradição, visto que carne vermelha é obrigação no dia-a-dia, portanto, aos 22 anos peixe cru jamais entrou na minha vida. Até hoje, pelo menos.
Então, como um desafio ao meu sistema digestório frágil (todos temos pontos fracos!) ,eu decidi que era hora de saciar esse desejo descomunal de provar a iguaria japonesa. Pois bem, lá fomos nós (ninguém achou que eu me estaria a tal ponto sozinha né?), pedir uma porção com 32 peças totalmente desconhecidas, mas entender os utensílios para degustar tal prato é praticamente um teste de raciocínio lógico. Comece pela raiz forte, ela não tem este nome a toa, é forte, muito forte, de lágrimas insistirem em sair dos seus canais lacrimais sem a mínima cerimônia.
Passe pelo shoyu, bom, eu gosto, para quem não gosta, lamento.
Agora chegue ao palitinho, a os palitinhos, veja o sushi como um quebra-cabeças no qual a peça chave realmente são os palitinhos. Pequeninos pedaços de madeira capazes de transformar uma refeição em algo inacreditavelmente difícil. São dois, e dois totalmente incompatíveis com seus dedos, simplesmente não encaixa, teriam que ser usados como pinça, mas até você adquirir habilidade suficiente para isso o sushi já chegou, deve ser por isso que os palitos são levados antes. Eu descobri que minha coordenação motora acaba quando começa o uso dos palitinhos.
É incompatível com um atrativo de catástrofes como eu, conseguir segurar uma bolinha molenga de comida com dois palitos que nem de longe formam uma pinça na minha mão, mas como tudo se aprende na vida e a fome ensina, eu consegui de maneira até prodigiosa segurar o sushi com os palitos, um tanto quanto instáveis é bem verdade, mas consegui. Desprender-se de todas as teorias de tênias ou outros vermes que acometem peixes é outro desafio e confiar no cozinheiro e na qualidade e seriedade do ambiente são um teste para uma pessoa desconfiada como eu. Nada melhor do que pensar que vermífugos existem. Levar o sushi até a boca é de longe o mais fácil se compararmos com o fato de ter que engolir, que é de longe o mais difícil. Algumas peças vão “facim facim”, mas outras necessitam de uma mastigação mais vertiginosa e especulativa como: “Devo realmente engolir isso?”. Não é fácil sobreviver ou ao menos não ter um surto alérgico após a segunda peça, tampouco desligar-se da realidade de que é cru e não é tão bom quanto era na teoria, mas é uma experiência de vida, que se você não quiser ter não fará absoluta diferença, então sinta-se a vontade para não vivê-la.

Mas se alguém pensa em viver uma situação como essa eu diria que:
  • Nenhum estômago está suficientemente preparado para isso, não se iluda.
  • Ninguém adquire coordenação motora instantaneamente, pratique antes.
  • Em hipótese alguma coloque muita raiz forte no shoyu ou diretamente na boca, vai arder de maneira descomunal.
  • Não pense no que está comendo, engula e pronto.
  • Tenha sempre um refrigerante por perto.
  • Na dúvida espere alguém comer e se depois de 1 minuto não surtir efeito negativo, coma.