sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

2010 diz adeus....


Exatamente 21:28 é a hora em que começo este texto na esperança de ele me ser útil.
É 31/12, o mundo se prepara para a grande virada de 365 dias. Dois mil e dez se despede como um dos anos mais fiasquentos (se é que tem como elencar um só) da política brasileira e o ano que a polícia decidiu descer o laço nos marginais; o que eu espero que se torne um hábito em 2011 (quem não gostar disso, que vá viver no morro!).
Se tudo der certo, segundo a profecia Maia, deveremos aproveitar 2011 com o máximo de nossas forças, abraçar bem forte os que amamos e mandar pra longe tudo que for desnecessário, pessoas e coisas que não somam nada em nossas vidas e nos ater ao que realmente importa.
As filosofias são sempre as mesmas, na virada nos prometemos inúmeras coisas; dieta, juntar dinheiro, começar a fazer exercícios, arrumar definitivamente a gaveta da bagunça.
Eu só vou tentar me prometer que em 2011, não vou me permitir fracassar, em nada do que o novo ano me apresente.
Se eu tiver que emagrecer eu vou emagrecer, se eu tiver que passar em um concurso [o que me parece urgente], eu vou passar.
Não posso sugerir que alguém faça o mesmo, mas convenhamos, dificilmente se cumpre as promessas feitas com base em um cérebro cheio de cidra.
Em 2011 completarei 25 anos, a metade dos 50 e o que me frustra é pensar que aparentemente não fiz a mínima diferença no mundo. Evidente que a maioria dos habitantes do planeta também não fez e sinceramente, jogar o lixo na lixeira não me faz sentir exatamente "a" diferença.
Dois mil e dez foi o ano em que eu descobri que não importa o quanto você lute, as batalhas não terminam e aparentemente o SER SUPREMO nunca cansa de testar os limites de pessoas como eu: persistentes.
Neste ano eu descobri que não existe nada melhor do que uma rede e um bom livro quando nada parece dar certo; reconheci que os médicos sabem o que dizem e que chegar aos 30 realmente vai ser complicado se o meu ritmo de vida não mudar, predições médicas, sem búzios, apenas ciência, lógica.
O ano me ensinou a dar tchau para amigos que amo e vou amar sempre e vibrar, embora com dor pela separação; pelo sucesso e felicidade deles (Ju e Flavinha).
Felizmente foi um ano sem muitos velórios para mim, mas que não me poupou de ver a dor nos meus amigos que perderam seus pais; o que me prova mais uma vez que não resistirei às minhas grandes perdas, nem mesmo com toda persistência que herdei do meu pai.

Aprendi que não sou imune a dor e quem sabe por ter negado a minha humanidade, quando a assumi, saber o significado de dor física e psicológica foi excruciante.

Sentir é um aprendizado e permitir-se sentir o gostar, a paixão, a necessidade quase física de alguém e aceitar que vai machucar mas vai valer a pena é difícil, mas te faz extremamente feliz sentir o coração cheio, estufado com tanta coisa boa.

Eu não me aproximei de Deus neste ano, mas a nossa relação não é comum, nunca foi; porém eu sei o quanto estou em dívida com ele então a minha única promessa é ainda para 2010. Rezar pela primeira e última vez neste ano e tentar reaver a fé que habitava em mim na época em que eu me sentia mais forte, invencível, capaz de tornar tudo e todos a minha volta mais felizes.

No último dia do ano, está chovendo; todos estão tristes e eu feliz, não existe dia mais feliz e agradável para mim do que um dia com chuva. Então, com licença, eu vou aproveitá-la.

Feliz 2011 para todos, feliz MESMO.





terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Coisas de festas


Então é isso, chegou o final do ano e junto com ele aquele blá blá blá e alegria mascarada de festividades.
Óum, que coraçãozinho amargo este meu não é mesmo?
Afinal, “a melhor” parte das festas de final de ano é aturar aquele primo chato que vem de longe só pra estragar seus planos de festas; ganhar presentes ruins e manter aquele sorrisão no rosto como se fosse se submeter a um tratamento dentário; abraçar pessoas que você convive somente no final do ano por ocasião das festividades e que durante todo ele você faz questão de evitar; confraternizar com gente chata nas festas de trabalho e ter que gastar seu valioso dinheirinho com um colega horroroso que tirou no amigo secreto e em contra partida ganhar um presente absurdamente sem noção. Por que será que os outros participantes de amigo secreto parecem não possuir o mesmo bom senso que você de presentear com algo relativamente bom e evitar passar vergonha?

Mas, melhor do que os presentes, certamente é a comida, como é prazeroso comer coisas que você não sabe o nome [e as vezes é melhor nem saber] e não correspondem a estação do seu país, como nozes [muito óleo, coisas de inverno, "típico" de Brasil em dezembro ¬¬], lentilha [quem é que gosta dessa droga?] e para completar, depois da comilança você se entope de frutas num coquetel gastronômico perigoso que jamais, JAMAIS repetiria durante o ano, MAS como é festa de final de ano, aparentemente as pessoas perdem o medo de qualquer tipo de intoxicação ou consideram que por ser uma data "sagrada" nada fará mal [eu dispenso a lentilha!].

Os fogos de artifício, os programas de final de ano na TV, a inatividade até dar exatamente meia-noite; a nostalgia pelos que já se foram; a missa [que não vou] que faz com que eu fique em casa “decorando” a mesa enquanto a parte mais religiosa da família tenta salvar nossas almas.
Este ano no entanto eu deixarei muitos prazeres de lado, com uma restrição alimentar de campo de concentração as frutas me salvarão e brindarei com guaraná.
Se algum misticismo realmente funcionar, 2011 tende a ser uma MERDA, espero que minha restrição alimentar não comprometa meu progresso espiritual no ano que se inicia.

Quanto aos leitores, desejo a todos que as festas de final de ano sejam o menos traumáticas possíveis, que vocês comam somente aquilo que considerarem seguro e que possam compartilhar esses momentos com pessoas que realmente valham a pena.

Com o tempo, se aprende que aquilo que desejamos ou deveríamos desejar é somente manter o que temos e nos faz feliz e que momentos como estes não duram para sempre.

Boas Festas.

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Sanidade mental = 51


Na tentativa quase infame de produzir um texto aos moldes antigos, cheios de efeitos engraçados eu simplesmente parei e conclui que eu mudei tanto nesses últimos meses que se eu voltasse a escrever do mesmo jeito, retrocederia também as coisas boas em que mudei nesse tempo, e então, senti medo.

Hoje, no meu “adorável” magistério, foi o Dia das Profissões para os alunos do 3º ano e para variar, eu fui escolhida para avaliar um trabalho. Entre tantas profissões como Farmácia, Arquitetura, Medicina [praxe!]; havia a tal de Psicologia e de maneira QUASE sem explicação, havia uma multidão em volta da bancada deste curso.

Foi então que eu descobri o por que. Os alunos que escolheram esta profissão levaram um teste para medir o nível de SANIDADE MENTAL.

As pessoas disputavam um lugar para fazer o teste, tinha fila para saber se você é louco ou normal e pasme, quando os resultados eram positivos para loucura em potencial a alegria era quase contagiante.

Eu fiz o teste, fiz 51 pontos e meu aluno me olhou com a cara mais tediosa que possa existir e disse: A SENHORA É A PESSOA MAIS NORMAL QUE EXISTE PROFESSORA.

Eu senti que essa frase era carregada de coisas que ele não quis dizer como:

-A SENHORA É EXTREMAMENTE SEM GRAÇA.

-EU SABIA QUE A SENHORA ERA NORMAL E TEM UMA VIDA CHATA.

-MAS QUE MERDA QUE A SENHORA ESTÁ FAZENDO DA SUA VIDA? ASSISTINDO ZORRA TOTAL?

Eu tentei ignorar essas frases que gritavam na cabeça dele enquanto ele me explicava que os meus resultados [que pedi para serem mantidos em sigilo profissional e 5 minutos depois todos sabiam que eu havia feito o teste e as minhas respostas para perguntas vergonhosas] demonstravam que eu era uma pessoa capaz de lidar com situações que nem todo mundo consegue e eu manteria a calma se matasse alguém acidentalmente. ¬¬

Particularmente eu não concordo com o resultado do teste, tipo, perguntas como:

- Você já conversou com uma planta?(eu odeio plantas, nem que eu quisesse conversaria com elas!)

-Já dançou em cima de uma mesa que não fosse sua? (de certo tenho cara de stripper?)

- Já matou alguém? (quem responderia sinceramente a esta pergunta?)

- Você fala sozinho? (tooooooooodo mundo fala sozinho! Não???? o.O)


Mas é isso...se quiser faça o teste: http://www.meusite.pro.br/ccivil/testsanidade.htm

Aproveitem...